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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A matemática da paixão
Herculano Alencar

De mais de dois mil beijos que te dei,
um beijo apenas dei apaixonado.
E esse beijo nunca mais foi dado
nas muitas outras bocas que beijei.

O beijo foi um xis, posto ao quadrado,
no ene infinito do desejo.
E assim, na matemática do beijo,
o beijo é o amor simplificado.

Pitágoras mostrou, em teorema,
o que poetas mostram em poemas:
a soma do quadrado dos catetos

define a hipotenusa da paixão.
E na raiz de tal equação
estão quatorze versos de um soneto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/03/2012
Alterado em 15/03/2012
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