O último verso
Quando um poeta morre o céu padece e a natureza chora, entretanto, a poesia ergue a voz em canto para louvar a morte numa prece. Pois que na morte a alma vive e cresce, e alcança os jardins celestiais, enquanto o corpo inerte dá sinais de que vai ter o chão que ele merece. Quando um poeta morre o mar se acalma, pra receber do céu aquela alma que animou o corpo, que ora jaz. Pois é na morte, sim, que o poeta há de encontrar no céu a rima certa pra descansar a pena em santa paz. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/07/2012
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