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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O último verso

Quando um poeta morre o céu padece
e a natureza chora, entretanto,
a poesia ergue a voz em canto
para louvar a morte numa prece.

Pois que na morte a alma vive e cresce,
e alcança os jardins celestiais,
enquanto o corpo inerte dá sinais
de que vai ter o chão que ele merece.

Quando um poeta morre o mar se acalma,
pra receber do céu aquela alma
que animou o corpo, que ora jaz.

Pois é na morte, sim, que o poeta
há de encontrar no céu a rima certa
pra descansar a pena em santa paz.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/07/2012
Alterado em 03/12/2018
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