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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Poema lexiogênico

De súbito, na parva pacovice,
o estro de poeta maniqueu
fez do seu imo antídoto do meu,
do jeito que o filósofo o disse.

Não fosse a lira insone de Orfeu
na boca incestuosa de Clarisse
e não escreveria essa tolice
no córtex catártico do Eu.

A poesia é como um nó ateu
posto ao viés da cruz, do bom ladrão,
pronta a atar o nó da contrição
na porta principal do gineceu.

Se por acaso alguém não entendeu
provavelmente sabe a razão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/04/2014
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