Psicoterapia de boteco
Portas abertas, templo de profanos, altar de prateleiras coloridas por tira-gostos, sonhos e bebidas, fracassos, ilusões e novos planos. Fumaça, solidão, causa perdida... garçons que servem dores na bandeja, enquanto um velho som inda solfeja a música mil vezes repetida. Concha em que ressona o ostracismo, a lágrima, o riso e o lirismo dos sôfregos em busca de motivos. O boteco é o divã dos deprimidos, dos fiéis, dos ímpios, dos perdidos na noite sepulcral dos mortos-vivos. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 29/01/2021
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |